Caso Ian: Pai e madrasta de criança morta aos 2 anos são condenados por homicídio qualificado
12/12/2024
A pena estipulada para o pai da vítima foi de 26 anos e 8 meses, em regime fechado, para a madrasta a pena é de 35 anos. Ian Henrique de Almeida Rocha.
Arquivo pessoal/Reprodução
Pai e madrasta de Ian Almeida Rocha, morto aos 2 anos, foram condenados por homicídio qualificado, na madrugada desta quinta-feira (12), em Belo Horizonte.
Márcio da Rocha Souza, pai da criança, foi condenado a 26 anos e 8 meses, em regime fechado, pelo crime de homicídio duplamente qualificado, sendo as qualificadoras por motivo torpe e contra menor de 14 anos. Ele está preso na penitenciária Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, desde o dia 12 de janeiro de 2023.
Já, Bruna Cristine dos Santos, madrasta da vítima, foi condenada a 35 anos, em regime fechado, por homicídio quadruplamente qualificado. Sendo as qualificadoras por motivo torpe, uso de meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima e contra menor de 14 anos. Ela está no Presídio de Vespasiano, desde o dia 9 janeiro de 2023.
A sentença foi assinada pelo juiz Michel Curi e Silva, do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.
Relembre o caso
No dia 8 de janeiro de 2023, Ian Henrique de Almeida Rocha, de dois anos, foi para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, após ser transferido do Hospital Risoleta Tolentino Neves.
Ele apresentava lesão na cabeça, escoriação no queixo, edema na testa e sofreu duas paradas cardiorrespiratórias.
Médicos desconfiaram dos ferimentos e das versões apresentadas pelo pai e pela madrasta e acionaram a Polícia Militar (PM).
O homem e a mulher foram levados pela PM à Delegacia de Plantão Especializada em Atendimento à Mulher, Criança, Adolescente e Vítimas de Intolerâncias (Demid).
Depois de ser ouvido, o casal foi preso em flagrante por omissão de socorro qualificada.
No dia 10 de janeiro de 2023, Ian morreu. A prisão de pai e madrasta da criança foi convertida para prisão preventiva.
No dia 25 de janeiro de 2023, foi confirmado pela Polícia Civil que a criança morreu de traumatismo craniano após agressões.
No dia 13 de fevereiro, foi feita reconstituição do crime com os suspeitos.
No dia 2 de março de 2023, a Polícia Civil concluiu o inquérito que apontou que a madrasta foi quem desferiu o golpe que vitimou a criança, e que o pai havia sido omisso.
No dia 10 de dezembro de 2024, deu início ao julgamento do casal, no 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte.
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